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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Yasmin.




Os cabelos de Yasmin se chocavam contra o vento. E suas mechas loiras produziam uma espécie de sombra ao redor do rosto fino, delicado. Seu relógio de pulso informava que eram 18:02, ela ainda tinha alguns minutos antes do curso de literatura que fazia com tanto zelo e orgulho.

Sentou-se debaixo de uma árvore velha pra gastar tempo. Olhou em volta e as pessoas pareciam tão indiferentes, tão distantes, jogadas cada uma em suas próprias dores, em seus próprios destinos. E nesse ponto, ela pensou em si, e logo, levada por uma onda de angústia, de desejo, pensou nele. Seu corpo se comprimiu pelo frio que de repente se tornou mais agressivo. Seu coração disparou, parecia não ter mais ar, parecia querer explodir. Yasmin pensou em como ele tiraria o casaco e a envolveria num abraço eterno. Faria, num piscar de olhos, todas as cores se exaurirem, só restando os dois. Juntos.


Fechou os olhos. Respirou. Olhou pro lado e não o viu. Ele se fora. E já se passara anos. Mas ainda fazia falta, sempre vai fazer falta em Yasmin, o garoto, que em uma manhã, prometera nunca partir.

Um comentário:

  1. Que narrativa recheada de detalhes, adorei. Me fez viajar e imaginar a cena.

    kiss sweet.

    http://amar-go.blogspot.com/

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