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quinta-feira, 21 de maio de 2015

1 + 1/2

Foi esse o tempo que durou. Tão pouco. Tão rápido. Tão intenso. Obviamente, está estampado em meu rosto que eu queria que se estendesse. 

Eu não pude estar perto, os ponteiros do relógio sempre estavam contra mim. Eu não pude demonstrar muito, meu jeito calado não permite. Eu não pude fazer muito, tenho compromissos acadêmicos que me fazem ter insônia. Eu não pude, e queria. 

Você dizia que era 1. E eu 1/2. 

Eu sei de cor o porquê da minha caracterização como metade, e não inteiro. Sei dos meus erros, tantas vezes citados por você. Tentei mudar, mas acho que nunca se muda a essência de uma pessoa. Você é assim, e pronto, você é. A gente se adapta às situações, deixa de fazer as coisas, mas mudar o jeito, és de fato complicado. E em 1 + 1/2 quase impossível. Mas vontade não me faltava. 

E ah, a vontade! Eu estava disposta a encarar tudo. Disposta a correr atrás. Disposta a pedir pra ficar. Disposta a passar por cima de tanta coisa. Disposta a me tornar 1.

Pretérito. 

Eu não me culpo mais. Me sinto mais leve, e talvez eu realmente tenha sido o 1/2 da história. Mas dizem que quando a gente gosta, a gente não culpa, a gente espera. E era preciso ir somando pra que eu me tornasse um.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Sobre solidão.

Sobre solidão, prefiro estar, do que ser. Este vazio, estranho, irrefutável, espero que não seja.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Conhecer pessoas em geral, pra mim é tão... normal, tão desnecessário até. Mas aquela vez foi diferente.
Um sorriso acolhedor foi dirigido a mim e uma onda mista de gratidão e vergonha se misturou em meio à minha sensação de calor que rondava o ambiente e me atingia. Passaram-se alguns minutos e por que diabos eu já me sentia a vontade? Não sei. Mas foi assim que me senti. À vontade, tão à vontade que passei a ter vontades. Daquelas que parecem necessidades sabe?! Querer estar perto. Querer abraçar até um dos dois s e sentir desconfortável pela posição que assumiram no abraço. Querer tocar, fazer carinho... Querer.
E isso tudo, no primeiro encontro.

Eu jamais me permitiria que alguém exercesse tanto poder sobre mim assim, não tão fácil. Entretanto, como se isso não mais me importasse ou como se eu esquecesse que sou frágil demais quando me apego a alguém, deixei isso acontecer. E agora aqui me encontro, querendo mais. Mais do que eu posso ter. Querendo que você volte aqui e que me permita não ficar só nas vontades.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Tão lânguida em seu interior, ela adicionava mais açúcar em seu chá. Fazia sol naquele dia, e pouco a pouco, ela se contentava com a solidão. A solidão de quem um dia fora rodeada de amantes fazia dela, uma velha senhora de uns 70 e poucos anos lamentando por não ter escolhido somente um.
Quem tanto queria, acabou ficando só.
Uma pequena gota de lágrima escorreu e umedeceu seu longo fio de cabelo branco, ela enfim, notara que chegou a um ponto que não havia mais nada a conquistar. Se contentar com o passado quando não há mais futuro não era lá algo tão ruim, entretanto não lhe trazia motivos pra seguir.
Fechou os olhos e adormeceu, ali mesmo, sentada em sua velha cadeira de tricô.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Se eu pudesse te ter em mãos mais uma vez, creio que não deixaria você partir. Será o álcool agindo em suas veias que te fizeram pronunciar tais palavras e me beijar com tanto desejo? Que não seja.

E que beijo. Lábios entrelaçados, unidos como unha e carne. Tu não sabes, mas eu esperei por esse contato durante um bom tempo. Volte aqui, lhe farei carinho, pegarei teus prantos e os colocarei em uma caixa vazia, os absorverei se preciso for, pra te ver sorrir. Venha cá pra dentro dos meus braços, te juro fazer com que o eterno seja mero detalhe diante do que sinto.

You don't know how lovely you are.